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Destaques

Mini Ensaio sobre originalidade e clichê

       O que ousa ser um texto se não uma captura de emoções e pensamentos moldados e corrompidos pela letra? É bem superficialmente banal falar do que parece ser algo inovador do pensamento pra sempre cair  tão  clichê, mas nem todo clichê nasce do mesmo berço.      Simplicidade também é profunda, e toda repetição tem suas diferenças mesmo sendo cópias, pois apenas são cópias porque desconsideramos até certo ponto suas diferenças para determiná-las como cópias de outras, porque sempre é o desejo que dita as maquinas, não é?       Matar a tentativa por rimar com o antigo é como dizer que a história sempre se reflete. Mata qualquer tentativa de abstração que leva a interação de eu e tu como humanos à morte prematura do mais provável, do "se parece, logo é": respiro como tu logo sou tu, respirei como tu então respirarei como tu.      Demandar o bom do pensamento é afirmar que ele nunca pode ser bom. Eu gosto b...

O ciclo vicioso do auto ódio

Faz um bom tempo que eu não escrevo e tem um bom motivo para isso.

Durante esse tempo que estive fora eu tive uma combinação de esquecimento disto aqui, delírios momentâneos e desinteresse em ideias minhas, não necessariamente uma falta de ideias.

E boa parte dessas ideias eram interessantes o suficiente pra pelo menos aprofundar um pouco nelas, mas tive receio por achar ela tolas por serem de mim mesmo, e é um modo de pensar que surgiu a um tempo considerável mas não era sempre assim.

Boa parte da minha vida sempre fui do tipo de ser sempre um passo a frente em vários quesitos de aprendizado do cotidiano, sempre tirei notas altas durante a escola, até consegui medalhas por tirar notas altíssimas em provões gerais (que é o equivalente a um vestibular ao ensino fundamental na escola que eu estudava), e mesmo depois de turbulências na minha vida acadêmica ainda tinha de certa forma essa exemplificação de um aluno exemplar para meus professores, mesmo não sendo um.

E essa turbulência veio por conta de certos acontecimentos na minha vida que aconteceram em tempos muitos próximos (depressão e exacerbação de questões mentais que estava começando a ter noção delas, separação dos pais e pandemia são os principais), que abalou tanto minhas notas na escola e tanto em minha mente e pessoa como um todo, foram tempos que demorei anos pra conseguir sair disso.

Tive muita dificuldade de querer acompanhar a escola isso, e uma das coisas que ampliaram essa dificuldade foi a degradação da minha autoestima por outros que nem sabiam do meu rosto.

Nessa época eu comecei a me interessar em jogos que envolviam mais em competição, e uma das principais coisas que me aconteciam era da "crítica" a mim por falta de capacidade de acompanhar os outros no jogo, e isso em um estado que eu já estava mal e com o jogo tornando um aspecto viciante de boa parte das minha rotina, me deixava muito abalado e me causava mais ódio a mim mesmo. 

Mas o maior problema disso é que vinha a maior vontade de querer provar o contrario, que me causava mais mal que me fazia acompanhar menos ainda e me frustrar mais comigo mesmo por não conseguir não ser "criticado" por não jogar tão bem quanto outros em um jogo.

E isso exacerbou ainda mais os problemas que eu tinha na minha vida me deixando perto da tentação do suicídio e maior auto depreciação minha, de como eu fosse um fracassado por conta dos problemas que aconteciam e das "criticas" que vinham a mim.

Aconteceu muita discórdia comigo e minha família (principalmente minha mãe) antes de conseguir vencer isso, mas ainda resta alguns vestígios desses momentos difíceis, conscientemente ou não.

E mesmo com tudo isso acontecendo, ainda me reergo e luto, pois o mais importante de defender é a si mesmo, para assim conseguir defender o outro.

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