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Destaques

Domo de manhã

    Os pássaros cantam como sempre, mas esse aperto de dedos é único                    Os muros irradiam angularmente o palco. A brisa do momento se contrapõe a corrente dos tempos, pois hoje não é qualquer dia, mas sim,  o dia, aquele dia . Calem-se as mágoas que chegavam em marés, hoje o tempo é espetacular.      O prelúdio é mero estilhaço em sua perversão de tirar a luz da magnifica estadia em Troia que hoje tentamos injuriar, passos acumulam nas calúnias que tentam permear sua cabeça em sentido a desilusão, Mas, amigos de fé, o estado que estamos não tem nenhuma forma de contra mão.      O concreto roubou minha túnica, mas meu machado veio do ventre         Gatilhos se ouvem pelos corredores, mas nenhum deles devemos a miséria. Corta-me o medo que levou a segundas decisões do apocalipse que obtivemos o prazer de conseguir  ouvir. O atrás não existe...

O ciclo vicioso do auto ódio

Faz um bom tempo que eu não escrevo e tem um bom motivo para isso.

Durante esse tempo que estive fora eu tive uma combinação de esquecimento disto aqui, delírios momentâneos e desinteresse em ideias minhas, não necessariamente uma falta de ideias.

E boa parte dessas ideias eram interessantes o suficiente pra pelo menos aprofundar um pouco nelas, mas tive receio por achar ela tolas por serem de mim mesmo, e é um modo de pensar que surgiu a um tempo considerável mas não era sempre assim.

Boa parte da minha vida sempre fui do tipo de ser sempre um passo a frente em vários quesitos de aprendizado do cotidiano, sempre tirei notas altas durante a escola, até consegui medalhas por tirar notas altíssimas em provões gerais (que é o equivalente a um vestibular ao ensino fundamental na escola que eu estudava), e mesmo depois de turbulências na minha vida acadêmica ainda tinha de certa forma essa exemplificação de um aluno exemplar para meus professores, mesmo não sendo um.

E essa turbulência veio por conta de certos acontecimentos na minha vida que aconteceram em tempos muitos próximos (depressão e exacerbação de questões mentais que estava começando a ter noção delas, separação dos pais e pandemia são os principais), que abalou tanto minhas notas na escola e tanto em minha mente e pessoa como um todo, foram tempos que demorei anos pra conseguir sair disso.

Tive muita dificuldade de querer acompanhar a escola isso, e uma das coisas que ampliaram essa dificuldade foi a degradação da minha autoestima por outros que nem sabiam do meu rosto.

Nessa época eu comecei a me interessar em jogos que envolviam mais em competição, e uma das principais coisas que me aconteciam era da "crítica" a mim por falta de capacidade de acompanhar os outros no jogo, e isso em um estado que eu já estava mal e com o jogo tornando um aspecto viciante de boa parte das minha rotina, me deixava muito abalado e me causava mais ódio a mim mesmo. 

Mas o maior problema disso é que vinha a maior vontade de querer provar o contrario, que me causava mais mal que me fazia acompanhar menos ainda e me frustrar mais comigo mesmo por não conseguir não ser "criticado" por não jogar tão bem quanto outros em um jogo.

E isso exacerbou ainda mais os problemas que eu tinha na minha vida me deixando perto da tentação do suicídio e maior auto depreciação minha, de como eu fosse um fracassado por conta dos problemas que aconteciam e das "criticas" que vinham a mim.

Aconteceu muita discórdia comigo e minha família (principalmente minha mãe) antes de conseguir vencer isso, mas ainda resta alguns vestígios desses momentos difíceis, conscientemente ou não.

E mesmo com tudo isso acontecendo, ainda me reergo e luto, pois o mais importante de defender é a si mesmo, para assim conseguir defender o outro.

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