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Destaques

Colina das Pinhas

       Longe dos mares e das planícies, cercada de pinhas e pinheiros, vivia uma raposa. Com seu singelo olhar ao topo da colina., Porque pinhas não são nada e nunca coube razão a dizer ao contrário.      As pinhas são malditas! Sangram e me fazem sangrara todo momento e nem servem para falar um único "A". Contudo, nem o eco respondeu, não tinha voz a gritar e nem amigo para bajular sua incessante teimosia, apenas a colina respondia a sua algoz.       Existia lá, todo dia e toda noite, uma coreografia de como tudo tinha que ser. Fontes e música, sorrisos e família, tudo que a raposa queria, e nem o prazer de sonhar apenas de noite permitiria-se a ter, porque lá é onde a normalidade grita na paisagem oblíqua demais para sua forma.      Mas, como há de ser esperado, ela já tentou subir a colina, tentou alcançar as vozes que subiam de cima que estragavam todo romance que incluía ela, porque nem se quer tinha coragem de i...

Autocritica

     Toda vez que fui escrever sobre algo referente a minha vida, sempre tinha a sensação quando acabava: "Eu já não escrevi isso?" Não literalmente de escrever a mesma coisa, mas passar a mesma mensagem em outro rótulo, a mesma marmita em outra embalagem, mesma baboseira mais aperfeiçoado, e depois disso tudo, percebi que: Sim.

    Porque eu como um ser que vivo muito além da tragédia do passado, que busco ler e aprender o que posso, me digo bem mais feliz do que tudo na vida, criativamente estar preso no mesmo de 9 meses atrás? Não que eu não tenha melhorado, definitivamente minha escrita melhorou, mas a vida que eu vivo nem fodendo é a mesma de antes.

    Qual o ponto de se escrever como bonzão e só escrever de mágoas? Escrever como um pastor de que todos podem fazer e ficar nesse papo furado de sempre? Os momentos que eu ficava um bom tempo sem escrever eram os mesmos que eu mais ficava feliz, não tinha que despejar tristeza e superação que eu já estou fardo de aguentar de outros, imagina de mim mesmo.

    Então que acabe essa porra de saudosismo a conquista do passado, não sou depressivo mas me forço ser em escrita porque para mim era o que mais importava. Não importa porra nenhuma o que eu superar ou passei se faço disso uma vivência eterna na minha cabeça. Digo ter superado mas escrevo apenas dessa merda.

    Então não mais, eu espero, se magoas vieram que elas sejam despejadas em palavras, mas agora não estou vivendo novas mágoas, estou revivendo de novo e de novo as magoas do passado e isso me ferra como pessoa e como artista. Pelo menos podia tar fazendo musica de black metal com isso, mas não, estou apenas escrevendo a mesma baboseira que eu imaginava ser inovador, mas não é.

    Então que se queime o passado, porque não tenho futuro se eu viver no passado. Que se queime o deboche de gente que não gosto, que eu fale do que eu goste e do que eu vivo, pois não nasci para ser Sadboy em texto. Nasci para nada, e desse nada detesto completamente viver on-repeat, que apenas surge depois de efeito de anti depressivo, sou muito mais que isso.

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