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Destaques

Memorial em eterna construção

      As memórias mais profundamente impactadoras podem ser as mais camufladas dentro do eu que é alguém. Se camuflando em um resto de aborto de momentos que mais infiltram a alma em contradição com o consciente do que se assume estar no passado, contorcendo em ambiguidade sorrateira, aonde apenas o futuro permite que se invada tal castelo de palha.     A cicatriz esconde o desconforto que a provocou, ou a resolve? Se entende o que a cicatriz significa e influência depois das emoções dela surgirem. Doí mais saber o que o sofrimento fez-se perder do que ele próprio. Não que se de para culpar o olho em meio das lágrimas, seria como culpar a criança por ser infantil por natureza de seu lugar.     Mas como o adulto perdoa a si, pela infância que provou do veneno, pecado que fez da figura de deus a semelhança dos homens. Gritos não condizem com o momento, o momento é sempre calmo e sereno. Assim, trazendo o nu, cru e amargo pelos ventos que provocam.  ...

Letras a frente do penhasco


Respeito é lei, eu sei também.

Sempre respeitei aqui.

 E respeito não vem de dinheiro, enfim.

Da quebrada nunca vim,

muito menos de Brooklin.

Mas de tudo que vivi,

só olhava o fim.


   Nascido como mudo.

Vivendo em culto.

Dormia puto,

mas não sabia porque.

Jesus falou de amor.

Mas aqui, só tem depois de pavor.


O amor ilusório de lágrimas,

ansiedade calada em chácaras.

 O mundo faz pouco favor,

então que ele vire um computador.

 Cegando assim sua solidão,

ao custo de sua imaginação.


Brinquedo digital,

esconderijo de suicida.

Aonde ali animal não tem.

Mas sim covardes, perversos e desertos.

Que em grupo viram cães.

Mas a só são pães.

 

 

Vizinho da morte,

Uma amante rotineira.

Sumia depois da torneira.

"Vai ser assim a vida inteira?"

 Para gente fraca sim seria.

Então a si se mataria.

 

A faca o olha,

seus olhos se molham.

"Assim que se resolve?"

Assim ele parou,

mesmo que o amor se matou.

 O resto se envolve e desenvolve.

 

Espírito de hip-hop,

que se foda botox.

 Coração de rua,

mente na Lua.

 Não sou de favela,

mas aprendi de gente dela.


Então fui de lágrimas,

para página.

 De inteligente para esperto.

 De filho da puta.

Para longe da cuca.

Pois nem ela me ajuda.


Não mais grito por socorro.

Mas sim socorro quem precisa,

para não ver de novo o fim do novo.

Pois hoje sangro, amanhã de manha amo.

Ontem chorei, e de noite eu sonhei.

Que apenas pude, pois não me matei.







 


 

 



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