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Destaques

20 de Novembro, um poema em andamento

  Dia de Zumbi, Dia de Zumbi. Pensei em dedicar mais teclas a ti, mas em mente(s) me perdi. Espero que perdoe a mim. Dia de Zumbi finalmente está aqui, mas minha fé em mim parece ter sumido, porque logo nesse dia de cantos de Marfim, pareço não estar afim? Enfim, mágoas machucam e saram, as vezes só preciso de movimento . Que nenhum diagnóstico pare minha farra. Então que me guie Obá. Por mares passados e futuros, para no final parecer um vulto.

Brasil Pandoleiro

     Ler é bom, chuto desda ultima vez que fui escrevi aqui terminei 2 livros, e tenho confiança em dizer que vivemos na era mais democrática para se ler, nunca se teve tantos livros sobre assuntos como direitos LGBT, transgênicos, literatura marginais, vivemos no século que "Sobrevivendo ao Inferno" foi colocado em sua forma de livro como uma obra para o vestibular da Unicamp, nunca foi tão facil por meios legais e ilegais conseguir livros pela internet por meios que comparado a antes são um absurdo de baratos, pena que tudo isso veio junto com redes sociais.

    Ver o mesmo livro de romance vitoriano elitizado estrangeiro ser lido por pelo menos 3 pessoas diferentes da sua sala é algo um pouco deprimente, literatura nacional não é tão valorizada quanto devia, focamos no estrangeiro porque brasileiro odiar o Brasil é bem comum, e em grande parte é validado, um pais que sempre teve uma força retrograda, a Rússia tzarista atrasada, aonde qualquer revolta era uma chacina em retorno aboliu sua servidão antes do que a Brasileira, corpo no chão ter sido tão comum que nas ruas do capão virou rotineiro, consigo dizer mil e um motivos de coisas abomináveis que ocorreram no Brasil, mas é muito além disso o Brasil.

    Cada abuso uma carta, cada chacina uma música, cada repressão um movimento, a terra da ditadura também foi a terra da Tropicália, de Capão Redondo veio Capão Pecado, de Barbacena que veio átona muito dos problemas dos manicômios, todo massacre vem de um erro, e entendermos os erros que levaram a massacres, Oradour-Sur-Glane ainda existe:

    Apagar o passado é negar qualquer culpa ou aprendizado que temos ou poderíamos ter, otimismo é bom, mas positivismo ingênuo nunca é, estados fundados nesse positivismo ingênuo milhões morreram em bandeiras vermelhas a nome da utopia socialista , que nunca se concretizou. Mas Brasil não é só tragédia, o Brasil é a terra da Tropicália, do Samba, da Bossa Nova que virou moda até mesmo fora do Brasil, a terra de Zumbi que agora é feriado Nacional, terra dos Racionais que bem literalmente foram das ruas de São Paulo, para o mundo, ou mais especificamente na televisões de milhões na Netflix, não é preciso destruir o sistema para mudar ele, mas como tudo da vida, sempre tem o que melhorar.

    Passamos de lutar pelo aumento de 3.0° e 1.5° agora é mais do que um sonho existente em jovens protestando nas ruas, que o ar mais fumacento que o normal, e o céu vermelho de fogo acorde mais olhares do que já acordaram. O mundo acabar nos próximos 10 anos já passou de pesadelo e entrou no capítulo das pequenas vitórias da vida moderna. 

    O Brasil não é perfeito mas nunca vai ou deve ser, ser falho é parte do humano, então não devíamos remover algo que faz parte do inquérito humano de ser; então assim apreciamos o bonito da multidão de feios, a flor do lixão, a Tarsila do museu cheio de Brittos, que cada vez mais se destaca, evolui e cresce. Que até na malandragem tem seu orixá, então nem tudo é bom, mas nem tudo é ruim, tudo é o que é e por melhoras viveremos, pois quem é cabisbaixo não é quem anda pra frente. 

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