Pular para o conteúdo principal

Destaques

Todas as aventuras tem seus pontos finais

     Eu sigo ferventemente a filosofia de que é melhor acabar numa nota alta (ou high note) do que continuar e decaindo e deteriorando cada vez mais fora da sua origem em busca de continuar algo que cada vez mais se torna melhor na memória do que na realidade.  Salva os momentos bons com um fim mais doce, muita coisa muda desde lá quando começa, e acaba sendo uma decisão mais honesta do que continuar algo sem vontade, e tudo bem, saca?     Se isso aqui, essas aventuras, não serviu o propósito de documentar e registrar o que passo e passei, o que penso e pensava, não sei o que mais pode servir. Não me acho necessariamente iludido com escrita em geral, mas especificamente com isso,  mais idealístico do que necessariamente racional, mais perguntas e respostas e menos preocupações no que realmente é, em resumo, adolescência, mas não só.     Fim de 2023 e todo o ano de 2024 foram anos que além de minha vida não acabar, ela mudou muito drasticament...

Eu diferente do outro eu, como todos eus

     É caro ser você mesmo, em tempos que é mais facil do que nunca se comparar a alguem e se sentir de "menor qualidade" porque um número em rede social te disse; e embora quão facil seja negar que algo tão simples como isso te influencie, são pouquíssimos os que realmente levam em partes essa verdade, boa parte apenas não vê logo não sente.

    Mas características únicas, principalmente as que possam provocar inferioridade as próprias pessoas as velas em outras, incendiam facilmente desgostos ou até violências de milhões; não é atoa que a maior pauta antissemita, durante a Alemanha Nazista, foi deles serem banqueiros e estarem controlando o mundo devido a isso. Enquanto um é bem facilmente desmitificado, o histórico que famílias judias, principalmente na Europa, de serem em grande parte pelo menos patamar um pouco acima do que a media, é algo inegável.

    Conquistas foram em grande parte a obtenção de recursos que o outro tinha, mas o conquistador não tinha. Romanos, Russos, Ingleses, Espanhóis, Portugueses; Todos considerados civilizações atrasadas e subdesenvolvidas, e todas em busca de apropriar dos outros o que não tinham foram expandir e se tornarem grande nações hegemônicas em seus tempos.

    E ser único é obrigatório de ser humano e bem difícil ao mesmo tempo, porque todo mundo é único, alguns mais outros menos, mas todos tem suas peculiaridades por junção de fatores inquantificáveis que fazem você ser você, seja quando sua mãe te deu luz, quem te bulinou na escola, ou se a estrela que fez sua cabeça virou uma super nova 3 anos antes que devia ou não.  Seja o que for, algo em peculiar, pelo menos para as pessoas que você convive, você tem.

    E nem sempre ser único é facil. Navarra, Galícia, Leon, Andaluzia, todas regiões espanholas (ou melhor descrevendo, castelhanas), que principalmente durante a Espanha Franquista, tiveram suas regionalidades grandemente reprimidas, de linguagem a linguajar, de vestimenta a religião, por Franco ou por um Carlos. E esse exemplo pode ser repetido em MUITOS lugares, França, Império Austríaco, Brasil Colônia e Brasil, Moscovitas que definiram o que é ser Russo em tempos modernos com seu autoritarismo e sua autocracia claras no estado russo atual.  Todos exemplos claríssimos de unificação nacional e hegemônica em base de cultura e em semelhanças.

    E tudo em macro se ve em micro, e tudo em micro se vem em macro; e tudo que se faz e perpetua é redito e ensinado a sociedade, então o mesmo pensamento que levou a nações estados europeias, é o mesmo pensamento que levamos narcisisticamente para a nossa vida e a outras vidas; a existência de um normal social é um claro exemplo disso. Fulano que se veste torto é mal criado, Ciclano que fala mal palavreados, Pontiguano que fala disso devia ser preso, Paulin da esquina devia morrer por ser assim.

    As justificações que levam a tais considerações são com certeza discutíveis em seus propósitos e legitimidades, mas o que é inegável é que pessoas e sociedades perpetuam e pessoas e sociedades perpetuam tal julgamento por ações que a visão dela são fora do padrão justificável, vulgo "o normal". 

    Mas francamente boa parte do tempo tais julgamentos não importam tanto tanto assim, quem liga para seu parente desatualizado com o moderno e a si é a razão de todos os padrões, indiferente das outras pessoas? Quem liga para o que o mano do fundo acha de tu quando a professora te escolhe para fazer algo, a pessoa que te instiga certamente liga, mas devia tu ligar? Talvez, mas boa parte do tempo não, não estamos no século 20 para morrermos apredejado até a morte, já que, pelo menos no Brasil, é algo que é cada vez mais uma raridade, se a marcha LGBT de São Paulo que é no mínimo uma das maiores, em um país aonde homofobia, transfóbia, e visões tolas como essas são consideravelmente comuns, não prova isso? Então não sei o que prova.

Postagens mais visitadas