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20 de Novembro, um poema em andamento

  Dia de Zumbi, Dia de Zumbi. Pensei em dedicar mais teclas a ti, mas em mente(s) me perdi. Espero que perdoe a mim. Dia de Zumbi finalmente está aqui, mas minha fé em mim parece ter sumido, porque logo nesse dia de cantos de Marfim, pareço não estar afim? Enfim, mágoas machucam e saram, as vezes só preciso de movimento . Que nenhum diagnóstico pare minha farra. Então que me guie Obá. Por mares passados e futuros, para no final parecer um vulto.

Eu diferente do outro eu, como todos eus

     É caro ser você mesmo, em tempos que é mais facil do que nunca se comparar a alguem e se sentir de "menor qualidade" porque um número em rede social te disse; e embora quão facil seja negar que algo tão simples como isso te influencie, são pouquíssimos os que realmente levam em partes essa verdade, boa parte apenas não vê logo não sente.

    Mas características únicas, principalmente as que possam provocar inferioridade as próprias pessoas as velas em outras, incendiam facilmente desgostos ou até violências de milhões; não é atoa que a maior pauta antissemita, durante a Alemanha Nazista, foi deles serem banqueiros e estarem controlando o mundo devido a isso. Enquanto um é bem facilmente desmitificado, o histórico que famílias judias, principalmente na Europa, de serem em grande parte pelo menos patamar um pouco acima do que a media, é algo inegável.

    Conquistas foram em grande parte a obtenção de recursos que o outro tinha, mas o conquistador não tinha. Romanos, Russos, Ingleses, Espanhóis, Portugueses; Todos considerados civilizações atrasadas e subdesenvolvidas, e todas em busca de apropriar dos outros o que não tinham foram expandir e se tornarem grande nações hegemônicas em seus tempos.

    E ser único é obrigatório de ser humano e bem difícil ao mesmo tempo, porque todo mundo é único, alguns mais outros menos, mas todos tem suas peculiaridades por junção de fatores inquantificáveis que fazem você ser você, seja quando sua mãe te deu luz, quem te bulinou na escola, ou se a estrela que fez sua cabeça virou uma super nova 3 anos antes que devia ou não.  Seja o que for, algo em peculiar, pelo menos para as pessoas que você convive, você tem.

    E nem sempre ser único é facil. Navarra, Galícia, Leon, Andaluzia, todas regiões espanholas (ou melhor descrevendo, castelhanas), que principalmente durante a Espanha Franquista, tiveram suas regionalidades grandemente reprimidas, de linguagem a linguajar, de vestimenta a religião, por Franco ou por um Carlos. E esse exemplo pode ser repetido em MUITOS lugares, França, Império Austríaco, Brasil Colônia e Brasil, Moscovitas que definiram o que é ser Russo em tempos modernos com seu autoritarismo e sua autocracia claras no estado russo atual.  Todos exemplos claríssimos de unificação nacional e hegemônica em base de cultura e em semelhanças.

    E tudo em macro se ve em micro, e tudo em micro se vem em macro; e tudo que se faz e perpetua é redito e ensinado a sociedade, então o mesmo pensamento que levou a nações estados europeias, é o mesmo pensamento que levamos narcisisticamente para a nossa vida e a outras vidas; a existência de um normal social é um claro exemplo disso. Fulano que se veste torto é mal criado, Ciclano que fala mal palavreados, Pontiguano que fala disso devia ser preso, Paulin da esquina devia morrer por ser assim.

    As justificações que levam a tais considerações são com certeza discutíveis em seus propósitos e legitimidades, mas o que é inegável é que pessoas e sociedades perpetuam e pessoas e sociedades perpetuam tal julgamento por ações que a visão dela são fora do padrão justificável, vulgo "o normal". 

    Mas francamente boa parte do tempo tais julgamentos não importam tanto tanto assim, quem liga para seu parente desatualizado com o moderno e a si é a razão de todos os padrões, indiferente das outras pessoas? Quem liga para o que o mano do fundo acha de tu quando a professora te escolhe para fazer algo, a pessoa que te instiga certamente liga, mas devia tu ligar? Talvez, mas boa parte do tempo não, não estamos no século 20 para morrermos apredejado até a morte, já que, pelo menos no Brasil, é algo que é cada vez mais uma raridade, se a marcha LGBT de São Paulo que é no mínimo uma das maiores, em um país aonde homofobia, transfóbia, e visões tolas como essas são consideravelmente comuns, não prova isso? Então não sei o que prova.

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