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Destaques

Domo de manhã

    Os pássaros cantam como sempre, mas esse aperto de dedos é único                    Os muros irradiam angularmente o palco. A brisa do momento se contrapõe a corrente dos tempos, pois hoje não é qualquer dia, mas sim,  o dia, aquele dia . Calem-se as mágoas que chegavam em marés, hoje o tempo é espetacular.      O prelúdio é mero estilhaço em sua perversão de tirar a luz da magnifica estadia em Troia que hoje tentamos injuriar, passos acumulam nas calúnias que tentam permear sua cabeça em sentido a desilusão, Mas, amigos de fé, o estado que estamos não tem nenhuma forma de contra mão.      O concreto roubou minha túnica, mas meu machado veio do ventre         Gatilhos se ouvem pelos corredores, mas nenhum deles devemos a miséria. Corta-me o medo que levou a segundas decisões do apocalipse que obtivemos o prazer de conseguir  ouvir. O atrás não existe...

Corrida e Morte

     Uma das coisas que eu gosto muito de fazer quando volto da escola é correr, e não uma de fato corrida que alguém faz por horas. Controlada, sensata e equilibrada, mas sim a corrida que eu faria no esconde-esconde a 10 anos atrás, como se o amanha nunca viesse e a adrenalina alimenta o urge, tempo passa.

    Além do mais lógico de se exercitar, também tem outro fator que para mim é bem mais importante, porque eu ainda posso. É fácil pegar o que temos hoje em dia e ficarmos contentes como sempre vai estar lá, eu durante a pandemia e até mesmo antes me reclui das brincadeiras que uma criança de condomínio geralmente tem, certamente teve um literal peso.

    80 quilos foi o pico, nada a tamanho de obesidade, mas certamente tinha gordura em excesso, ou tirando o eufemismo, eu estava gordo. Foi com academia ao ar livre que consegui perder até 65 quilos, e fico ao redor de 65-67. Sou longe de ser alguém musculoso, mas diria estar em forma ok, e por mais de ter formas de retardar o envelhecimento, uma bengala ou pelo menos uma energia menor é inevitável, e que bom que seja.

    É fácil procrastinar uma tarefa porque sempre tem o amanha, e eu vejo assim com a vida. Seria fácil falar de que na próxima vida eu não fumo, próxima vida me retiro de todos os vícios, toda vida eu me torno alguém melhor; ser alguém novo impune de todo mal. E você pode acreditar nisso, e não tenho nada a te julgar, mas para mim a beleza da vida é que ela é única.

    O seu rim é único, seus olhos sempre serão da cor que eles vieram, e o mais importante, o que veio não volta. meus 17 anos certamente está sendo a transição que veio desde os 16 de uma competência um pouco mais próxima de um adulto. Horários começaram a formar na minha cabeça, no meu jeito. Responsabilidades finalmente doem em mim não fazer, pelo menos algumas delas.

    E pensar que a infância que eu tive ou não tive, a sensação de viver num mundo cheio de interrogações que são incríveis de responder, da sensação de finalmente entender a como escrever, a de aprender o básico de programação, tudo isso é único e também já foi, guardado em uma mente ou em uma câmera, ambas com data de validade.

    E assim validando a importância de se importar de como ações afetam o futuro, por mais que o que existe é o agora, o futuro vai, ou pelo menos deveria, existir. E o eterno balanço entre viver no presente ou planejar o futuro é um inerentemente inconcebível de responder. Como você vai saber planejar algo que não existe? mas que ainda sim é importante?

    Filosofias são o que alguns agarram para responder isso, mesmo de forma não intencional, teologia também é uma opção igualmente válida e igualmente duvidosa. E eu vejo essa dicotomia simplesmente como:

Não me mata, não me cicatriza, então petisco.

    E assim eu corro como se não houvesse amanha, parecendo um doido, fugitivo da policia ou charmoso, sou feliz igual. E não machuco ninguém, muito menos a mim, então não vejo porque me conformar a chatíssima andada apressada comum nas ruas de São Paulo, ainda não tenho que me preocupar com o depois, por enquanto o que existe é apenas o agora.

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