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Destaques

Memorial em eterna construção

      As memórias mais profundamente impactadoras podem ser as mais camufladas dentro do eu que é alguém. Se camuflando em um resto de aborto de momentos que mais infiltram a alma em contradição com o consciente do que se assume estar no passado, contorcendo em ambiguidade sorrateira, aonde apenas o futuro permite que se invada tal castelo de palha.     A cicatriz esconde o desconforto que a provocou, ou a resolve? Se entende o que a cicatriz significa e influência depois das emoções dela surgirem. Doí mais saber o que o sofrimento fez-se perder do que ele próprio. Não que se de para culpar o olho em meio das lágrimas, seria como culpar a criança por ser infantil por natureza de seu lugar.     Mas como o adulto perdoa a si, pela infância que provou do veneno, pecado que fez da figura de deus a semelhança dos homens. Gritos não condizem com o momento, o momento é sempre calmo e sereno. Assim, trazendo o nu, cru e amargo pelos ventos que provocam.  ...

Livro

     Eu sempre gostei, e amei escrever textos aqui, e sempre tive o incentivo de querer escrever um livro, mas eu nunca fui conseguir realmente escrever um, não que eu não tenha tentado, devo ter quatro tentativas de livros no meu computador, mais dois em cadernos em algumas paginas, alguns com ideias bem meh, outros com ideias bem interessantes e que eu com certeza gostaria de continuar a fazer, mas eu não continuo, porque?

    Não basta tu ter apenas a ideia a caneta e o papel, basta você ter o corpo da obra, e para você ter o corpo você tem que basear em o que você sabe, e inegavelmente por mais do tanto que eu busque procurar, ainda tenho 17 anos. Não vivo em um campo de concentração como Anne Frank, ou morador de favela com uma volta por cima surreal, ou um nobre contemporâneo para ter visitado 50 atelieres e ter uma biblioteca inteira de livros, ainda tenho muito a viver.

    E por mais que eu fique um pouco triste com isso, pois a ideia de ser um prodígio escritor é bem atraente, simplesmente tenho que conhecer mais ao mundo e a mim, para querer escrever um livro que eu fique feliz de escrever, e não digo por critério financeiro, que quantos romances de adolescentes seja em tempos contemporâneos ou em tempos vitorianos se tem por ai em esquinas de bibliotecas de shopping? Inúmeros.

    Eu poderia também fazer um livro de coaching, como se a minha formula de viver fosse uma tão grandiosa para se colocar em um livro e vender ele por 250 reais, e assim me destacar como um profeta contemporâneo. Ou talvez alguma narrativa a pegadas de mundo fantasiosos grandíssimos como os de Harry Poter e Senhor dos Anéis, mas para isso eu precisava não ser eu, que não tem como.

    O que eu gosto de escrever, embora nada prestigiado ou especial, demanda de um interesse meu, que muitas vezes vem de algo que eu vi ou vivi, e por mais de que, eu não tenha vivido algo tão comum assim, não é o suficiente para eu escrever um livro, ou pelo menos um livro que eu goste.

    E quando vou saber? Nunca, quando for chegar eu nem vou perceber, e se não chegar tudo bem, minha vida provavelmente vai ter ido em outro rumo, e eu ficaria feliz por isso, se algo me atraiu além da escrita então deve ter sido algo bem atraente, e tudo bem, porque no final, tudo está bem, tudo está em paz

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