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Destaques

Mini Ensaio sobre originalidade e clichê

       O que ousa ser um texto se não uma captura de emoções e pensamentos moldados e corrompidos pela letra? É bem superficialmente banal falar do que parece ser algo inovador do pensamento pra sempre cair  tão  clichê, mas nem todo clichê nasce do mesmo berço.      Simplicidade também é profunda, e toda repetição tem suas diferenças mesmo sendo cópias, pois apenas são cópias porque desconsideramos até certo ponto suas diferenças para determiná-las como cópias de outras, porque sempre é o desejo que dita as maquinas, não é?       Matar a tentativa por rimar com o antigo é como dizer que a história sempre se reflete. Mata qualquer tentativa de abstração que leva a interação de eu e tu como humanos à morte prematura do mais provável, do "se parece, logo é": respiro como tu logo sou tu, respirei como tu então respirarei como tu.      Demandar o bom do pensamento é afirmar que ele nunca pode ser bom. Eu gosto b...

Livro

     Eu sempre gostei, e amei escrever textos aqui, e sempre tive o incentivo de querer escrever um livro, mas eu nunca fui conseguir realmente escrever um, não que eu não tenha tentado, devo ter quatro tentativas de livros no meu computador, mais dois em cadernos em algumas paginas, alguns com ideias bem meh, outros com ideias bem interessantes e que eu com certeza gostaria de continuar a fazer, mas eu não continuo, porque?

    Não basta tu ter apenas a ideia a caneta e o papel, basta você ter o corpo da obra, e para você ter o corpo você tem que basear em o que você sabe, e inegavelmente por mais do tanto que eu busque procurar, ainda tenho 17 anos. Não vivo em um campo de concentração como Anne Frank, ou morador de favela com uma volta por cima surreal, ou um nobre contemporâneo para ter visitado 50 atelieres e ter uma biblioteca inteira de livros, ainda tenho muito a viver.

    E por mais que eu fique um pouco triste com isso, pois a ideia de ser um prodígio escritor é bem atraente, simplesmente tenho que conhecer mais ao mundo e a mim, para querer escrever um livro que eu fique feliz de escrever, e não digo por critério financeiro, que quantos romances de adolescentes seja em tempos contemporâneos ou em tempos vitorianos se tem por ai em esquinas de bibliotecas de shopping? Inúmeros.

    Eu poderia também fazer um livro de coaching, como se a minha formula de viver fosse uma tão grandiosa para se colocar em um livro e vender ele por 250 reais, e assim me destacar como um profeta contemporâneo. Ou talvez alguma narrativa a pegadas de mundo fantasiosos grandíssimos como os de Harry Poter e Senhor dos Anéis, mas para isso eu precisava não ser eu, que não tem como.

    O que eu gosto de escrever, embora nada prestigiado ou especial, demanda de um interesse meu, que muitas vezes vem de algo que eu vi ou vivi, e por mais de que, eu não tenha vivido algo tão comum assim, não é o suficiente para eu escrever um livro, ou pelo menos um livro que eu goste.

    E quando vou saber? Nunca, quando for chegar eu nem vou perceber, e se não chegar tudo bem, minha vida provavelmente vai ter ido em outro rumo, e eu ficaria feliz por isso, se algo me atraiu além da escrita então deve ter sido algo bem atraente, e tudo bem, porque no final, tudo está bem, tudo está em paz

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