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Destaques

Todas as aventuras tem seus pontos finais

     Eu sigo ferventemente a filosofia de que é melhor acabar numa nota alta (ou high note) do que continuar e decaindo e deteriorando cada vez mais fora da sua origem em busca de continuar algo que cada vez mais se torna melhor na memória do que na realidade.  Salva os momentos bons com um fim mais doce, muita coisa muda desde lá quando começa, e acaba sendo uma decisão mais honesta do que continuar algo sem vontade, e tudo bem, saca?     Se isso aqui, essas aventuras, não serviu o propósito de documentar e registrar o que passo e passei, o que penso e pensava, não sei o que mais pode servir. Não me acho necessariamente iludido com escrita em geral, mas especificamente com isso,  mais idealístico do que necessariamente racional, mais perguntas e respostas e menos preocupações no que realmente é, em resumo, adolescência, mas não só.     Fim de 2023 e todo o ano de 2024 foram anos que além de minha vida não acabar, ela mudou muito drasticament...

Lolzinho e eu, e eu e o Lolzinho

     Eu sempre tive uma relação de altos altos e baixos baixos com jogos competitivos, enquanto é bem mais fácil ir a conclusão de que não, não valem a pena jogar e eu não deveria ter me viciado em primeiro lugar, para mim pelo menos vai bem além disso.

    Eu fui jogar o jogo que de longe mais me viciei minha vida inteira (League of Legends) mais ou menos para o final do ano de 2022, não tava indo de vez pra escola e fui tendo o comum passivo-agressivo chamado para jogar, e não vou mentir, eu gostei muito.

    Por mais de ter os xingamentos no chat por eu não saber jogar o jogo, eu genuinamente me divertia, algo que é esquecido é de que, além de uma empresa que nem o código fonte é seguro, um anti-trapaça que assegura tudo seu menos a habilidade de, bem, trapacear. Um esquema ridículo de vender cosméticos a preços já absurdos, e depois envolver a ganancia de cassino que gachas propõem por alterações de cosméticos já dentro do jogo.

    Além de todo um mar de excremento que enche uma estratosfera, tem um jogo que, é divertido. Outros fazem melhor? Óbvio, com menos estresse? Óbvio, com literalmente, qualquer outro critério que talvez impacte a minha diversão, melhor? Óbvio, mas eu não joguei esses outros, e não me arrependo de jogar o que eu joguei, porque?

    Que por mais de tudo isso, foi o jogo que conheci grupos de pessoas que foram um belo contraste do eterno cyberbullying que eu sofria, e foi um contraste que me ajudou muito, principalmente a querer entender o outro e de fato, mesmo que por tela, socializar.

    Pessoas que tiveram uma bela paciência comigo mesmo com sei lá quantos problemas e brigas, que eu trouxe e nem duvido trazer denovo, nunca que eu imaginaria ter um aprendizado tão eficiente de moralidade de alguém envolvido do trafico, por meio de um jogo, que iam encher meu saco até ir criar um blog e chegar a escrever até isso daqui, entender a sensitividade de pessoas, justas ou não justas, e como agir sobre isso, o que eu não aprendi por ausência de um pai e uma mãe sobrecarregada pela vida e 3 filhos, aprendi por pessoas na internet, um belo absurdo, que eu não me arrependo.

   Todas as noites de vicio, anos de escola perdidos, delírios e colírios, choros e gritos, tudo isso voa como areia em uma tempestade, perdi 3 anos de Pietro, mas graças a todos os ocorridos de sorte e ocasião, formaram um Pietro, que eu fico muito orgulhoso de ser. Que por mais das cicatrizes que qualquer um possa ter, depende da pessoa para aprender algo com elas, e tive o prazer de por acaso da vida ter pessoas que foram me ajudar para ver além dessas cicatrizes.

    

    Mas, e o jogo? Bom, o jogo propriamente me trouxe uma desgraça infernal, foi uma faca de dois gumes com certeza, por um lado virei um literal crackudo no computador, e por outro lado foi por esse crack que conheci pessoas, eu faria denovo isso? Valeu a pena? Não sei e para mim não importa, mas eu não preciso resgatar esse jogo novamente, que por mais de tudo isso, jogar TANTO esse maldito e benedito jogo, eu não me sinto a vontade jogando ele, pelo menos não tanto quanto eu penso que fico.

    Que por mais de eu não ter mais crises por causa de jogar ele, um fato inegável e que em minha opinião é muito pior, que é a clara negatividade que acontece, diretamente por jogar ou por conta das pessoas contigo, ferra um dia muito mais do que gritar por 2 minutos seguidos, genuinamente. Pessoas certamente tem sensações diferentes com certeza, mas para mim acho que ficou estampado que divertir eu não me divirto, jogos competitivos graças a que entidade seja, não são para mim, e fico feliz por perceber isso, pois tenho outras prioridades na vida, e fico feliz de te-las.

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