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Destaques

Todas as aventuras tem seus pontos finais

     Eu sigo ferventemente a filosofia de que é melhor acabar numa nota alta (ou high note) do que continuar e decaindo e deteriorando cada vez mais fora da sua origem em busca de continuar algo que cada vez mais se torna melhor na memória do que na realidade.  Salva os momentos bons com um fim mais doce, muita coisa muda desde lá quando começa, e acaba sendo uma decisão mais honesta do que continuar algo sem vontade, e tudo bem, saca?     Se isso aqui, essas aventuras, não serviu o propósito de documentar e registrar o que passo e passei, o que penso e pensava, não sei o que mais pode servir. Não me acho necessariamente iludido com escrita em geral, mas especificamente com isso,  mais idealístico do que necessariamente racional, mais perguntas e respostas e menos preocupações no que realmente é, em resumo, adolescência, mas não só.     Fim de 2023 e todo o ano de 2024 foram anos que além de minha vida não acabar, ela mudou muito drasticament...

Binaridade

    Por natureza forçada a binaridade em muitos tópicos é bem fácil de um texto assim ser distorcido e mal dito, pois estamos indo além do bem e o mal por um breve tempo, então agradeço de ler até o final antes de assimilar algo sobre.

    Movimentos de inclusão, seja por direitos LGBT+, deficientes físicos, mentais, sociais, etc. Tem mais que um papel importante, mas ao meu ver, principalmente falando sobre direitos LGBT+ a minha experiência, é bem fácil de grupos e comunidades sobre tais pautas se tornarem lugares de tribalismo em vez de inclusão.

    E não me leve a mal, existe mais que uma bela causa por trás de direitos e inclusão LGBT+, mas ai que está, a causa, não necessariamente os "membros" se for querer colocar assim. A luta por inclusão é mais do que digna, mas isso não o torna ou nega de ser alguém "bom" , não o torna impenetrável as falhas que qualquer ser humano pode e ocorre a ter.

    E com certeza absoluta nem todas as criticas por e contra ativistas LGBT+ são válidas, que sua posição de ativista LGBT auto valida ou auto nega a credibilidade do que ele fala, é como ser branco de cor de papel A4 te daria alguma validade a mais de falar de "cultura fraternal", acho que meu ponto fica bem claro aqui.

    E não estou desmerecendo de nenhuma forma a causa, mas todos fazem parte e ninguém é tal causa, divergências de interpretação e de ser incondicionalmente torna ações em "nome da causa" a suas diferentes ações e resultados, por isso é importante julgarmos a base de quem são, não de quem "almejam" a ser.

    Éticas tem mil e uma formas de se distorcerem para julgar alguém "bom" ou "ruim", não é atoa que Nietzsche vai além do bem e o mal. Axiomas de "pessoas ruins" apenas servem para cegar e binarizar problemas, que é bastante hipócrita especificamente ao movimento LGBT+ em torno do espectro sexual (cujo ideia eu não discordo). 

    Não são todas as pessoas que podem falar algo "mal" por mesmo motivo ou contexto, muito pelo contrário. A vida é um eterno momento de aprendizado e ensinar, momentos de infância podem afetar a sua visão de mundo até hoje. Com quem você conversava no recreio, se conversava, quais jogos lhe interessavam a ficar horas, o que mais te atraia em um passeio, coisas assim.

    E por ser um estado eterno, vulgo um que nunca se acaba, também é muito importante colocar a ponto, principalmente a gerações mais antigas aonde em seus tempos racismo era socialmente aceitável, a ignorância acidental que acontecem a muitas pessoas.

    Tive um encontro que me marco legal sobre isso, um velhaco com um cachorro meio cego, simpático e gentil, dando eufemismos a ideias preconceituosas, mas que por si só não eram maléficas (até chegar na parte do nordestino), é difícil pensar que a figura do velho vizinho gentil e a da bandeira brasileira estampada em fake news de grupo de WhatsApp podem ser a mesma figura, mas muitas vezes são.

    Binarizar o suposto mal e o suposto bem acarreta a inúmeras distorções, e em minha opinião uma das piores delas é da vitimização eterna, que os cegam de más ideias, a más decisões, que em torno cegam outras más ideias e ações, alimentando outras más decisões. A história não se repete mas ela bem que rima.

    As magnitudes de males são obviamente diferentes, mas o mesmo ato de cegar-se a o que a pessoa acredita e o que ela é tão ignorante, na realidade, a mesma ignorância que é propagada contra o movimento LGBT+, não existe santos e nem Lucifer nessa terra, que podem até te ver, mas não te olhar. Então que olhemos a falha de quem não gostamos, de quem apoiamos a falha que nós temos, pois não existe uma causa no mundo que deveria ser plausível justificar o aplauso a morte de outra pessoa.














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