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Destaques

20 de Novembro, um poema em andamento

  Dia de Zumbi, Dia de Zumbi. Pensei em dedicar mais teclas a ti, mas em mente(s) me perdi. Espero que perdoe a mim. Dia de Zumbi finalmente está aqui, mas minha fé em mim parece ter sumido, porque logo nesse dia de cantos de Marfim, pareço não estar afim? Enfim, mágoas machucam e saram, as vezes só preciso de movimento . Que nenhum diagnóstico pare minha farra. Então que me guie Obá. Por mares passados e futuros, para no final parecer um vulto.

Binaridade

    Por natureza forçada a binaridade em muitos tópicos é bem fácil de um texto assim ser distorcido e mal dito, pois estamos indo além do bem e o mal por um breve tempo, então agradeço de ler até o final antes de assimilar algo sobre.

    Movimentos de inclusão, seja por direitos LGBT+, deficientes físicos, mentais, sociais, etc. Tem mais que um papel importante, mas ao meu ver, principalmente falando sobre direitos LGBT+ a minha experiência, é bem fácil de grupos e comunidades sobre tais pautas se tornarem lugares de tribalismo em vez de inclusão.

    E não me leve a mal, existe mais que uma bela causa por trás de direitos e inclusão LGBT+, mas ai que está, a causa, não necessariamente os "membros" se for querer colocar assim. A luta por inclusão é mais do que digna, mas isso não o torna ou nega de ser alguém "bom" , não o torna impenetrável as falhas que qualquer ser humano pode e ocorre a ter.

    E com certeza absoluta nem todas as criticas por e contra ativistas LGBT+ são válidas, que sua posição de ativista LGBT auto valida ou auto nega a credibilidade do que ele fala, é como ser branco de cor de papel A4 te daria alguma validade a mais de falar de "cultura fraternal", acho que meu ponto fica bem claro aqui.

    E não estou desmerecendo de nenhuma forma a causa, mas todos fazem parte e ninguém é tal causa, divergências de interpretação e de ser incondicionalmente torna ações em "nome da causa" a suas diferentes ações e resultados, por isso é importante julgarmos a base de quem são, não de quem "almejam" a ser.

    Éticas tem mil e uma formas de se distorcerem para julgar alguém "bom" ou "ruim", não é atoa que Nietzsche vai além do bem e o mal. Axiomas de "pessoas ruins" apenas servem para cegar e binarizar problemas, que é bastante hipócrita especificamente ao movimento LGBT+ em torno do espectro sexual (cujo ideia eu não discordo). 

    Não são todas as pessoas que podem falar algo "mal" por mesmo motivo ou contexto, muito pelo contrário. A vida é um eterno momento de aprendizado e ensinar, momentos de infância podem afetar a sua visão de mundo até hoje. Com quem você conversava no recreio, se conversava, quais jogos lhe interessavam a ficar horas, o que mais te atraia em um passeio, coisas assim.

    E por ser um estado eterno, vulgo um que nunca se acaba, também é muito importante colocar a ponto, principalmente a gerações mais antigas aonde em seus tempos racismo era socialmente aceitável, a ignorância acidental que acontecem a muitas pessoas.

    Tive um encontro que me marco legal sobre isso, um velhaco com um cachorro meio cego, simpático e gentil, dando eufemismos a ideias preconceituosas, mas que por si só não eram maléficas (até chegar na parte do nordestino), é difícil pensar que a figura do velho vizinho gentil e a da bandeira brasileira estampada em fake news de grupo de WhatsApp podem ser a mesma figura, mas muitas vezes são.

    Binarizar o suposto mal e o suposto bem acarreta a inúmeras distorções, e em minha opinião uma das piores delas é da vitimização eterna, que os cegam de más ideias, a más decisões, que em torno cegam outras más ideias e ações, alimentando outras más decisões. A história não se repete mas ela bem que rima.

    As magnitudes de males são obviamente diferentes, mas o mesmo ato de cegar-se a o que a pessoa acredita e o que ela é tão ignorante, na realidade, a mesma ignorância que é propagada contra o movimento LGBT+, não existe santos e nem Lucifer nessa terra, que podem até te ver, mas não te olhar. Então que olhemos a falha de quem não gostamos, de quem apoiamos a falha que nós temos, pois não existe uma causa no mundo que deveria ser plausível justificar o aplauso a morte de outra pessoa.














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