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Destaques

Mini Ensaio sobre originalidade e clichê

       O que ousa ser um texto se não uma captura de emoções e pensamentos moldados e corrompidos pela letra? É bem superficialmente banal falar do que parece ser algo inovador do pensamento pra sempre cair  tão  clichê, mas nem todo clichê nasce do mesmo berço.      Simplicidade também é profunda, e toda repetição tem suas diferenças mesmo sendo cópias, pois apenas são cópias porque desconsideramos até certo ponto suas diferenças para determiná-las como cópias de outras, porque sempre é o desejo que dita as maquinas, não é?       Matar a tentativa por rimar com o antigo é como dizer que a história sempre se reflete. Mata qualquer tentativa de abstração que leva a interação de eu e tu como humanos à morte prematura do mais provável, do "se parece, logo é": respiro como tu logo sou tu, respirei como tu então respirarei como tu.      Demandar o bom do pensamento é afirmar que ele nunca pode ser bom. Eu gosto b...

Clichês Rotineiros

    "Tudo que sei é que nada sei" segundo a um grego que muito pouco sabemos do que ele foi saber ao ponto de escrever. Por mais clichê que seja essa frase, ela reverbera bastante quanto mais desejo saber, como boa parte das frases clichês em geral, o que elas tem de repetição é o que elas tem de significação para justificarem serem clichês e não esquecidas.

    Quando eu fui engatinhar em criar o hábito de ler, a ânsia de querer ler logo, para terminar de ler algo logo se destacava pra cacete em retrospectiva. Começar algum hábito sempre é eufórico e consequentemente temporário, que foi algo difícil pra mim entender, ou talvez ainda nem entenda bem assim, aprender não é por acaso gradual.

    Não quer ler tenha se tornado algo ruim, mas não vem mais com a gama de dopamina de saber mais, eventualmente você se acostuma sabe? Vira rotineiro, não é nada mais exótico e não tem muito que se faça para não ser assim mais, e não que seja mal, mas depende da perspectiva pra não ser.

    Pegar o olhar de não buscar pelo prazer ou nem necessariamente pela felicidade é de certa forma entediante, mas é bom, aprender a ser clichê é bom. Já que tudo que se acentua se acentua por ser diferente do resto, e se todo o resto busca existir em picos então tudo é um mero pampas, desertificando por sua tentativa de viver ao máximo, virando assim nada.

    Não que seja algo de excelência obviamente, mas é diferente em não querer ser diferente, assim sendo libertador em seu próprio vazio de propósito, vazio que se faz falta quando o balanço vira passado e estabilidade uma doutrina. Não que seja um pensamento niilístico, muito pelo contrário, depressivo é viver no insaciável.

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