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Destaques

Domo de manhã

    Os pássaros cantam como sempre, mas esse aperto de dedos é único                    Os muros irradiam angularmente o palco. A brisa do momento se contrapõe a corrente dos tempos, pois hoje não é qualquer dia, mas sim,  o dia, aquele dia . Calem-se as mágoas que chegavam em marés, hoje o tempo é espetacular.      O prelúdio é mero estilhaço em sua perversão de tirar a luz da magnifica estadia em Troia que hoje tentamos injuriar, passos acumulam nas calúnias que tentam permear sua cabeça em sentido a desilusão, Mas, amigos de fé, o estado que estamos não tem nenhuma forma de contra mão.      O concreto roubou minha túnica, mas meu machado veio do ventre         Gatilhos se ouvem pelos corredores, mas nenhum deles devemos a miséria. Corta-me o medo que levou a segundas decisões do apocalipse que obtivemos o prazer de conseguir  ouvir. O atrás não existe...

Noite de quebrar um homem

    O Sol talvez dormece, mas com certeza ainda choverá. Passo fundo nos lagos urbanos profundos, uma figura eclíptica nessa selva de pedra. Vagaroso é seu humor diante a falha dos canos do submundo, como se fosse um riacho prestes a ser nadado, ou um mal-conforme que o tempo passa e sara.

    É de cá, mas seu sorriso não se enquadra em nenhum lá, em sua energia em gritante contraste desse momento. Vira-se em carne, mas também em alma, aos que os muros dizem, gargalhando como se fosse a primeira vez, em meio a letras encharcadas com seus óculos aguados, irritantemente se destacando na paisagem, como se a rua fosse seu berço e a cidade o parquinho

    Roubando minha vista com uma áurea de brisa. Como podes me tirar da melancolia? dolorido é ter que tocá-la de novo. Memórias de um mundo que podia ter sido meu, ou pelo menos que me pertencesse. Mas lá vai ele, todo cheio de si, ousando ser feliz nessa noite de merda. Com seu olhos dorminhocos mas simpáticos que me humilham e sempre detesto, como se meu vinho tivesse futuro. Sumindo tão emblematicamente como apareceu, estragando minha bêbada poesia.

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