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14/09/25 - São Bento

     


    Vim me a ti em minhas pressas, em busca de entender como Deus - mesmo que não seja o mesmo Deus - veio a servir de tormenta em forma de um relacionamento.

    Não me veio a resposta, mas saiu-me o ódio. Sangrei em alma e corpo até chegar a hoje, não vem me mais a amargura da realidade que ainda sinto, muito menos um louvor que a Santa Cruz acima da escrita de seus captores e executores. 

    A humildade dos que praticam em meio da casa de artes em todos os cantos, enquanto Deus ainda há de vir para os que moram na praça ao lado, pelo menos acho que assim devia ser. A arquitetura barroca - que lembra-me da mourisca - que cega olhos em sua existência bela.

    Não se perdoa de quem não se arrepende, e honestamente não vejo arrependimento em minha cegueira, espero que meus bons atos - cegos a qualquer liturgia ou fé - sirvam me do julgamento que não é de meu papel argumentar sua existência.

    Contudo, não tendo a Exaltação da Santa Cruz de foco, aprecio mais a palavra e arte que veem de seu espirito, espirito que não sei quando ouvi - e muito menos quando parei de ouvi-lo. Mas, agradeço o acolhimento de minha pessoa e igual indiferença à minha saída.

    E, por mais de ser apenas uma figura de linguagem, ainda digo-lhe amém, e espero talvez perdoai me por minha heresia ser em - tese de Trento - mas na realidade ser da carne.

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