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Destaques

Complexo de Interlúdio

  Olhas no meu rosto como fostes a partitura de um projeto vil. Contando em todas as pétalas do desejo o que te faz viril. Faz de seu pós o eterno pós, a mudança dos horizontes o pesadelo vivo Enganas a si e somente a si das virtudes injustiçadas pelo momento. Orando todo dia para não ser feito leito das areias Enquanto anseia a próxima vez que seus olhos torne-se musa de mascaras.   Vivo eu cá, a adornar o roteiro flácido de sua jornada como perdido. Lembro-me do teu nome para não esqueceres dele. Narro te como uma mãe que reza perante ao túmulo de seu filho Para poder acordar vendo-o salvar o mundo.   Contudo, apenas é como eu me visto, meu Sebastião. Quem dera fosse eu Satanás, meu cristo Largava-te a menor das satisfações Com paciência de perna curta.   Aprendi que te amo a puro olhos de cria Cria essa que nunca se apegou ao mundo. Olhando seu criador aos poucos ser defunto Desejando mais do que magia de família.   Então, me perdoe meu amado Pois meu veleiro...

Amante de platão

     Corta, bate. Corta, bate. Viva o desejo a priori singular, como piolhos desordenados, sem rumos notáveis a falar, janelas podiam ser paredes e afogariam todos iguais.

    Volta-arde, arde e volta. Pare um sonho que deixe mais saudade, mesmo que a vida aborte como uma sádica, para vingar toda solda que parte, mas a ti se faz como arte.

    Na palmas que se faz seus pinceis, alimentados pelos anseios do mundo que cortam olhos e horizontes, mas também pegam sonhos e transforma em plásticos engarrafados para o próximo bit e hit. Desonre Marte em nome de Gomorra para tecelar paraísos em meio a esteira.

     Corta fluxo e perde seus órgãos, vive como um esquizo dos esquizos, não existe toca para esse ser, não há paredes que te limitem, então ele voa. Voa após tudo que podia ser eu e viras tu, vira eu, e viras ti para virar contigo comigo. Então dancei contigo meu caro esquizo.

    E em quantas baladas e calçadas fomos! ainda aguardamos o pós do pós que faça de minha pós graduação algum sentido! Que explique o porque das células prenderem-nos em agonia de todos os males do futuro, porque só assim que o olhos se encontram.

    Contudo, tu não quis se esquizofrenizar em nosso baile. Apenas os insanos escutaram sua canção - embora os deixem turvos após se tornarem surdos. Nunca teve esteira de vida que se completou pelo esteirado. Apenas teve todos que reviram nela significados, mortes e vida.

    Perco minha face nessa valsa de dois passos e zero pernas, cintilante é a porta quando a mulher que amo sou eu. Uma pena ela ser imagem e nunca espelho, mas ainda continuo amo meu, fingindo que os cacos são de outra pele e não minha.

    Acabou a esteira, o que sobrou foi um cofre e duas portas. 

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