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Amante de platão

     Corta, bate. Corta, bate. Viva o desejo a priori singular, como piolhos desordenados, sem rumos notáveis a falar, janelas podiam ser paredes e afogariam todos iguais.

    Volta-arde, arde e volta. Pare um sonho que deixe mais saudade, mesmo que a vida aborte como uma sádica, para vingar toda solda que parte, mas a ti se faz como arte.

    Na palmas que se faz seus pinceis, alimentados pelos anseios do mundo que cortam olhos e horizontes, mas também pegam sonhos e transforma em plásticos engarrafados para o próximo bit e hit. Desonre Marte em nome de Gomorra para tecelar paraísos em meio a esteira.

     Corta fluxo e perde seus órgãos, vive como um esquizo dos esquizos, não existe toca para esse ser, não há paredes que te limitem, então ele voa. Voa após tudo que podia ser eu e viras tu, vira eu, e viras ti para virar contigo comigo. Então dancei contigo meu caro esquizo.

    E em quantas baladas e calçadas fomos! ainda aguardamos o pós do pós que faça de minha pós graduação algum sentido! Que explique o porque das células prenderem-nos em agonia de todos os males do futuro, porque só assim que o olhos se encontram.

    Contudo, tu não quis se esquizofrenizar em nosso baile. Apenas os insanos escutaram sua canção - embora os deixem turvos após se tornarem surdos. Nunca teve esteira de vida que se completou pelo esteirado. Apenas teve todos que reviram nela significados, mortes e vida.

    Perco minha face nessa valsa de dois passos e zero pernas, cintilante é a porta quando a mulher que amo sou eu. Uma pena ela ser imagem e nunca espelho, mas ainda continuo amo meu, fingindo que os cacos são de outra pele e não minha.

    Acabou a esteira, o que sobrou foi um cofre e duas portas. 

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